hOPE.

Por mais imbecil que pareça, eu ainda tenho aquele sonho. De arrumar um namorado fofo, que me ame, que eu o ame, e tudo mais...



Acordo. A luz do sol invade meu quarto, num feriado de manhã. Olho pro lado e me deparo com o braço mais lindo, com aquela tattoo, que eu insisto em esfregar pra ver se sai. Ele dormindo, com carinha de anjo. Nossas pernas entrelaçadas (e devem ter ficado assim a noite toda). Levanto, vou até o banheiro. Jogo um pouco de água no meu rosto e, quando levanto-o, encontro aquela figura estonteante no espelho, me olhando com um sorriso. Ele me dá um beijo na nuca, me chama de volta pra cama, com aquela voz linda que só ele tem. Nos deitamos novamente, ele me faz carinho. Conversamos sobre nossas semanas, sobre o tempo, sobre a filosofia presente nos livros de Salinger, sobre como uma coisa tão besta mudou nossas vidas, sobre como nos apaixonamos, sobre nossos sonhos, nossas descobertas, nossos amores. Ligo a TV, assistimos à meio filme, e voltamos a dormir, abraçados.

Isso me mata, e eu não quero deixa-lo nunca.
Mas, anta, você nem o tem.




It's a paper bag

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